quinta-feira, 29 de março de 2012

ATENÇÃO, PAIS! Na adolescência, meninas têm mais chances de sofrer com enxaqueca do que meninos



Algo que a maioria das pessoas terá, pelo menos uma vez na vida, é dor de cabeça. Mas quando ela se torna frequente e vem junto com sintomas como náusea, vômito, tontura, sensibilidade à luz, barulho e odor, além de alterações visuais (conhecidas como auras), provavelmente trata-se de enxaqueca.
Nem todos os cientistas concordam sobre o que provoca a dor de cabeça. Muitos acreditam que ela é causada pelo estreitamento e expansão dos vasos sanguíneos no cérebro. Há também teorias de que o nível de certas substâncias químicas pode afetar o sistema nervoso que regula a dor. Diversas causas podem estar relacionadas com o início da enxaqueca, como: estresse, certos alimentos, bebidas alcoólicas, ficar em jejum, dormir mal, menstruação ou um simples resfriado.
Ao contrário do que se pensa, enxaqueca não é coisa só de adulto. Segundo o Ministério da Saúde11% dos brasileiros entre 7 e 15 anos sofrem deste mal, afetando igualmente ambos os gêneros. Porém, na adolescência as meninas têm uma propensão três vezes maior em relação aos meninos. “Na puberdade, começa a influência dos hormônios e as meninas sofrem mais”, explica Mario Peres, neurologista do Hospital Albert Einstein.
Outro problema comum e importante é o ritmo de sono. Muitos adolescentes tendem a dormir tarde e a usarem a madrugada para estudar durante a época das provas, o que além de ser pouco produtivo e atrapalhar a qualidade do sono, pode causar a enxaqueca. Para o médico, preocupação excessiva, sono ruim, ficar sem comer são os principais fatores para desencadear uma crise durante os exames.
Causas diferentes para cada um
Uma pesquisa realizada na Noruega, publicada na revista Neurology, em agosto de 2010, sugere que cigarro, obesidade e falta de exercício também estão intimamente ligados à incidência de dores de cabeça crônicas em jovens. A melhor maneira de prevenir a enxaqueca é descobrir o que desencadeia a dor. Por isso os médicos costumam instruir os pacientes a evitar os alimentos, bebidas ou comportamentos que podem ocasionar as crises de enxaqueca.
O fator genético também influencia na doença, ou seja, se pais sofrem de enxaqueca, a probabilidade de os filhos também terem dores de cabeça é maior, em relação às pessoas que não têm casos na família. Mas o estilo de vida e os fatores ambientais podem até ser mais relevantes. As sobrecargas emocionais, o peso do trabalho, o ritmo das grandes cidades, o estresse, além dos fatores hormonais e alimentares são causas importantes do aumento de casos de enxaqueca na sociedade contemporânea.
Em cada pessoa, os fatores desencadeantes da enxaqueca são diferentes. Para alguns ficar horas vendo televisão ou usando o computador é a causa do incomodo; para outras, estar em jejum ou comer certos alimentos como queijos, embutidos, bebidas alcoólicas. O importante é tentar saber se um alimento ou comportamento está caudando o problema.
Tratamento preventivo
Recomendam-se também dormir bem e ter alimentação regular, exercícios físicos. Em alguns casos, homeopatia, acupuntura e técnicas de relaxamento trazem bons resultados e melhoram a qualidade de vida.
Quem tem dificuldade de mudar a rotina e fazer as escolhas mais saudáveis acaba sofrendo crises sucessivas e abusando dos medicamentos, tomando doses maiores que o recomendado ou com menor intervalo de tempo. Caso consumidos em doses excessivas, tais remédios podem causar efeito-rebote, ou seja, serem a causa da volta da dor. “Os analgésicos servem apenas para cortar a dor quando ela aparece. Se as crises são frequentes, o tratamento preventivo tem que ser iniciado, desta forma evita-se o rebote”, diz Mario Peres.
Esse distúrbio tem marcadas repercussões econômicas para o indivíduo e a sociedade, devido a faltas na escola e no trabalho, redução de eficiência no emprego, procura de serviços médicos e setores de emergência.

Fonte: Rovena Rosa/ Fiojovem

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