quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

FIQUE LIGADO! Novo medicamento pode salvar gestantes com eclâmpsia



Doenças relacionadas à cerca de 40% das mortes ocorridas na gestação e no parto no Brasil, a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia podem ser superadas em breve. Um tratamento inédito desenvolvido por um grupo de pesquisadores brasileiros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a União Química Indústria Farmacêutica, detentora da licença da patente do medicamento, já passou na primeira fase dos testes clínicos. Trata-se de um anti-hipertensivo para uso durante a gravidez.
Entre 2009 e 2011, a fórmula foi aplicada em 14 gestantes com pré-eclâmpsia grave, caso em que interrupção da gravidez era recomendada. “A medicação melhorou a função dos vasos sanguíneos sem ter sido tóxica para as mães ou para os fetos”, explica o médico Robson Augusto Souza dos Santos, responsável pela pesquisa e professor do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG.
Pré-eclâmpsia e eclâmpsia
A pré-eclâmpsia se manifesta mais frequentemente entre as mulheres grávidas pela primeira vez, no último trimestre de gestação. A enfermidade pode evoluir silenciosamente e os sinais mais comuns são a elevação da pressão arterial, dor de cabeça, presença de proteína na urina e deterioração das funções do fígado e dos rins. Em sua fase mais severa, a eclâmpsia pode gerar convulsões, distúrbios visuais, descolamento da placenta e acidente vascular cerebral – AVC.
Apesar da alta incidência a doença ainda é pouco compreendida no meio especializado. “Há diversas teorias, mas até hoje não se sabe exatamente como é o mecanismo da eclâmpsia e como se dá a interação de tantas variáveis, como as ambientais e genéticas, por exemplo, em seu desencadeamento”, destaca Santos.
Novo Tratamento
O medicamento é baseado em um fragmento de proteína produzido pelo próprio organismo humano, a angiotensina (1-7), que atua no controle cardiovascular, ajudando a dilatar as paredes das artérias. Uma das vantagens do uso da molécula no controle da doença é que ela não apresentaria toxicidade para a mulher e o embrião, em qualquer de suas fases, pois é uma substância produzida pelo organismo humano, que aumenta naturalmente na gravidez normal. “A maioria dos medicamentos anti-hipertensivos disponíveis são contraindicados para grávidas, pois desencadeiam malformação em órgãos dos fetos”, acrescenta.

Pesquisa
O próximo passo da pesquisa, previsto para o primeiro semestre deste ano, é ampliar os ensaios para uma amostragem maior, de 100 mulheres. Depois, envolver outros centros de pesquisa do país e, possivelmente, do exterior – o chamado estudo multicêntrico.

“Imaginamos que todos os testes clínicos sejam concluídos em dois anos e o medicamento poderá ser lançado comercialmente dentro de cinco anos. Esse prazo irá depender da parte regulatória dos órgãos competentes”, explica o diretor médico da União Química, Miguel Giudicissi.




Fonte: Assessoria de imprensa União Química

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