quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

COMBATE! Data reforça meta de eliminação da hanseníase até 2015


Uma doença tão antiga e ainda pouco conhecida: esta é a hanseníase. Há indícios da incidência dela desde antes do nascimento de Cristo, porém, é preciso reforçar que a doença tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Neste domingo, 27 de janeiro, é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase e o Ministério da Saúde quer a sua colaboração para erradicar a doença até 2015.

Ao longo da última década, o Brasil avançou muito no combate e tratamento à hanseníase. Dados do estudo Saúde Brasil 2011 mostram uma queda de 26% no número de novos infectados entre 2011 (33.955 novos casos) e 2001 (45.874 novos casos). O estudo revela ainda que o coeficiente de detecção de casos novos por 100 mil habitantes também reduziu 34%, ou seja, de 26,61 em 2001 para 17,65 em 2011.
 
E não vamos parar por aí: para eliminar a hanseníase de vez do Brasil o Ministério da Saúde vai repassar R$ 1,6 milhão de reais para os estados e municípios prioritários – lugares onde há uma maior incidência da doença – investirem em ações de prevenção e cura do problema. O recurso adicional será destinado à compra de materiais e equipamentos para melhoria dos centros de referência para prevenção de incapacidades e reabilitação física dos pacientes. O objetivo é que até 2015 a doença alcance menos de um caso para cada 10 mil habitantes.

Outra iniciativa criada para aumentar o diagnóstico precoce da hanseníase será uma campanha, entre 18 e 22 de março, para examinar 9,3 milhões de estudantes do ensino público. Com o apoio dos estados e municípios, a meta é identificar os casos novos na faixa etária de 5 a 14 anos, que estudam em mais de 38 mil escolas, localizadas em 720 municípios prioritários com alta carga das doenças e que fazem parte do Plano Brasil sem Miséria, do Governo Federal. A “Campanha Nacional de Hanseníase e Geohelmintiases” pretende reduzir ainda a carga do geohelmintos (parasitas intestinal conhecido como lombriga, que causa dor abdominal e diarreia). Os casos suspeitos das doenças serão encaminhados à rede básica de saúde para confirmação e tratamento. “Se a equipe de saúde identificou uma criança ou adolescente com hanseníase é porque tem um caso na casa dele ou na comunidade onde ele vive que ainda não foi detectado pelo SUS e que transmitiu para a criança. Neste sentido, a campanha vai nos ajudar a descobrir aqueles casos, aqueles circuitos de transmissão da hanseníase que ainda não foram identificados ainda”, adiantou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

Entenda a Hanseníase - A hanseníase é fácil de diagnosticar, tratar e tem cura. No entanto, quando diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves consequências para os portadores e seus familiares, pelas lesões que os incapacitam fisicamente.

Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase se manifesta por meio de sensações de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades. Outra caraterística é o surgimento de manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda de sensibilidade ao calor, frio, dor e tato. As áreas da pele aparentemente normais passam a ter caroços e placas em qualquer local do corpo, além da diminuição da força muscular.

Tratamento – Todos os casos de hanseníase têm tratamento e cura. A doença pode causar incapacidades físicas, evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento, gratuito e eficaz pode durar de seis a doze meses. Os medicamentos devem ser tomados todos os dias em casa e uma vez por mês no serviço de saúde. Também fazem parte do tratamento exercícios para prevenir as incapacidades físicas, além de orientações da equipe de saúde.

Prevenção - É importante que se divulgue junto à população os sinais e sintomas da doença e a existência de tratamento e cura, através de todos os meios de comunicação. A prevenção baseia-se no exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença.




Fonte: Ilana Paiva / Blog da Saúde, com a colaboração do Canal Saúde

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