Um ovo de Páscoa de 80g e que tem apenas 98,4 cal foi desenvolvido, neste ano, em laboratórios farmacêuticos de uma empresa em João Pessoa. A novidade com baixo teor calórico já está à venda em João Pessoa e é uma opção para os alérgicos e intolerantes a glúten e lactose. O ovo feito com chocolate orgânico tem 54% de cacau, também pode ser consumido por diabéticos e custa R$ 24.
A nutricionista Juliane Félix explicou que 80g de chocolate comum ao leite tem 424 cal, quase 326 calorias a mais que o chocolate desenvolvido em laboratório. O baixo teor calórico, segundo a nutricionista, é por conta da ausência de ingredientes como leite e açúcar que são uns dos mais calóricos.
Em 2010, o laboratório desenvolveu os “tabletes”, que são mais parecidos com pastilhas, de chocolate terapêutico. Esse tipo de chocolate serve para a administração de substâncias medicamentosas, nutricionais ou fitoterápicas. Nos tabletes, o laboratório acrescenta substâncias, por exemplo, para inibir o apetite e atender os clientes com sobrepeso. A farmacêutica Elisângela Gomes, que é proprietária do laboratório, explicou que o chocolate serve como uma espécie de cápsula porque mascara o sabor de alguns medicamentos. “Foi criado como uma nova apresentação farmacêutica”, disse Elisângela Gomes.
A pedido de uma nutricionista, o laboratório iniciou neste ano os testes com o chocolate, que tem 54% de cacau, para ganhar a forma de ovo de Páscoa. “Ele foi desenvolvido para atender os pacientes, principalmente as crianças, com colesterol alto”, explicou Erika Cely, uma das farmacêuticas que trabalhou na criação do ovo de Páscoa com chocolate terapêutico.
Os farmacêuticos Erika Cely e Rodrigo de Azevedo contaram que foi um verdadeiro desafio trocar as pipetas por formas de ovo de chocolate. “Nunca me imaginei fazendo ovo de Páscoa”, disse Erika. De jaleco e máscara o farmacêutico Rodrigo disse que desafio maior foi trabalhar com o aroma de chocolate que incensa todo o laboratório. “O cheiro é tentador”, disse Rodrigo.
O ovo desenvolvido em João Pessoa é uma opção para as crianças com restrições alimentares, como o estudante Luiz Arthur Villarim, de 8 anos. Os sintomas começaram a aparecer quando o menino tinha seis anos. A mãe do garoto contou que ele sofria com prisão de ventre e sentia até febre.
“Ele foi para seis pediatras e nenhum deles conseguia descobrir o que ele tinha. Arthur sofria com estomatite e refluxo”, disse Allana Villarim que só descobriu a doença quando levou o filho, que estava com uma inflamação que começava na boca e atingia todo o trato intestinal, ao otorrinolaringologista.
O médico solicitou uma ultrassonografia e nela foram encontradas vários nódulos no intestino de Arthur. Após biopsia foi confirmado que o que havia no intestino de Arthur não era linfoma, mas sim glúten. Ele é celíaco, ou seja, não produz as enzimas que auxiliam na digestão do glúten e também tem alergia à lactose. A nutricionista Juliane Félix explicou que os celíacos podem comer alguns tipos de chocolate "Quem tem intolerância a glúten pode comer os chocolates que não tenham nenhum tipo de cereal", disse.
Arthur provou e aprovou o ovo de chocolate desenvolvido em João Pessoa. “É muito bom”, disse o garoto que já é consciente das restrições alimentares e hoje já convive bem com a doença.
O ovo feito com chocolate terapêutico tem diversos benefícios, segundo a farmacêutica Elisângela Gomes. “Ele é cardioprotetor, ou seja, ajuda a reduzir o colesterol, e combate os radicais livres”, disse. A nutricionista Juliane explicou que o cacau tem uma substância chamada flavonóide que protege o coração. "O chocolate amargo tem uma quantidade significativa de cacau que é um alimento funcional, ou seja que promove saúde", disse.
Como são produtos manipulados os ovos são produzidos por meio de solicitação dos clientes e por isso não têm em estoque e nem nas prateleiras das lojas. A expectativa da farmacêutica é que sejam fabricados 300 ovos durante a Páscoa. Cada ovo com 80g custa R$ 24 e para fazer o pedido basta ligar para (83) 3214-3488.
A farmacêutica Elisângela Gomes, que é proprietária do laboratório, disse que o foco no produto não é o financeiro, por não poder ser feito em grande escala, mas que o principal é o objetivo principal é "proporcionar o bem estar das pessoas é muito gratificante".
A farmacêutica Elisângela Gomes, que é proprietária do laboratório, disse que o foco no produto não é o financeiro, por não poder ser feito em grande escala, mas que o principal é o objetivo principal é "proporcionar o bem estar das pessoas é muito gratificante".
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