quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

DOMINGÃO, SOLZÃO, PRAIÃO! Aprenda como salvar a pele do efeito “pimentão”

Muitos veneram o sol e o efeito bronzeado que ele deixa na pele. Mas não é raro a busca pela cor perfeita durante o verão fazer com que os alertas para se proteger corretamente dos raios solares sejam ignorados. Resultado: pessoas na praia ou na piscina – resignadas embaixo de um guarda-sol – com a pele quase da cor de um pimentão e muito ardida.

E quando não dá mais para prevenir, resta buscar soluções para tentar aliviar a sensação incômoda. A primeira delas, inclusive, precisa ser seguida à risca: depois do torrão, nada de sol. “Se não tem como evitar a exposição, proteja-se com roupas com trama mais fechada, de algodão, chapéus, óculos de sol e, claro, protetor solar”, recomenda a dermatologista Maisa Nogueira Cruzes.

O médico do serviço de Pele e Melanoma do Hospital Erasto Gaertner Leandro Carvalho Ribeiro recomenda ainda a aplicação de cremes hidratantes ou loção pós-sol para diminuir a ardência na pele. “Se a dor for muito grande, um profissional pode receitar analgésicos e anti-inflamatórios”, completa. Mas esqueça do álcool. “Há quem use o produto porque pensa que suaviza a irritação, mas o álcool acaba ressecando a pele”, adverte Maisa.

Quando a pele começar a descamar, nada de ficar cutucando. Essas casquinhas devem se soltar com o tempo, pois a camada de pele que está nascendo ainda é muito nova. O mesmo vale para as bolhas, que não devem ser estouradas. Elas indicam uma queimadura mais profunda, de segundo grau, que atinge parte da derme. “Nesta situação, é melhor procurar um médico, que pode prescrever pomadas específicas para o tratamento”, acrescenta Maisa.

Banho
Na hora do banho, o ideal é ajustar o chuveiro para uma temperatura mais morna. “Como a área danificada está muito sensível, não é bom esfoliar a pele”, ressalta a dermatologista. O melhor é apostar em um sabonete líquido neutro, para não causar irritações.

Nos casos em que a queimadura atinge uma área maior do corpo, a pessoa também pode sofrer com insolação, e apresentar dor de cabeça, mal-estar, febre e tontura. “É importante que ela fique em um lugar mais ventilado e se reidrate com água de coco, isotônico ou soro caseiro. Se os sintomas persistirem, levá-la urgentemente ao pronto-socorro”, afirma Maisa.

Na infância

Atenção com os pequenos precisa ser redobrada
Tomar “torrões” na infância e adolescência pode aumentar a incidência do risco de câncer de pele. “Estudos afirmam que, nestas duas fases, uma ou mais queimaduras solares com bolhas dobram as chances das pessoas desenvolverem melanoma”, alerta a dermatologista Maisa Nogueira Cruzes. Se a criança se queimar, as orientações são as mesmas que as para os adultos: não deixá-la exposta ao sol, fazer compressas frias e aplicar cremes hidratantes refrescantes.

Mas não deixe de proteger a criançada com filtro solar com fator mínimo de 30, que só pode ser usado a partir dos 6 meses. “Antes dessa idade, vista o bebê com roupas de algodão e não esqueça do chapeuzinho”, orienta Maisa. Outra dica é apostar em um guarda-sol de lona ou algodão. “Os modelos de náilon são pouco eficientes, pois deixam passar os raios solares”, avalia a profissional.

Alerta

A longo prazo, o risco do temível câncer de pele
As queimaduras solares podem aumentar consideravelmente as chances de desenvolver câncer de pele, principalmente o melanoma, um tipo da doença que está relacionada com a exposição aguda ou intermitente ao sol. “São aquelas pessoas que querem ficar bronzeadas em cinco dias sem a proteção necessária”, exemplifica o médico Leandro Carvalho Ribeiro, do serviço de Pele e Melanoma do Hospital Erasto Gaertner.

A dermatologista Maisa Nogueira Cruzes salienta que a dor e a vermelhidão causadas na pele devido à exposição ao sol ocorrem porque a queimadura provoca uma inflamação na pele . “Sem proteção, há um comprometimento da camada mais superficial da pele, a epiderme, que fica avermelhada e com uma temperatura mais alta do que o resto do corpo.”




Fonte: Viver Bem

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