O Ministério da Saúde diminuiu a idade mínima recomendada para fazer a cirurgia bariátrica, de redução de estômago, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de 18 para 16 anos.
Essa mudança se tornou importante porque disponibilizou mais um recurso para os adolescentes que sofrem com excesso de peso, como mostrou o Bem Estar desta quarta-feira (7).
No entanto, a recomendação unânime dos médicos é de que a cirurgia deve ser a última opção do jovem com obesidade. Ele deve tentar por pelo menos dois anos esgotar todas as outras possibilidades de vencer o peso com a mudança de hábitos, reeducação alimentar e exercícios físicos. Em alguns casos, são utilizados também medicamentos, sempre orientados por um médico, ou o balão gástrico como opções anteriores à operação.
O primeiro passo é que o paciente se convença totalmente de que aquele procedimento é a alternativa correta para sua saúde, ciente dos riscos e possíveis conseqüências. Além disso, a indicação também considera se ele tem IMC maior que 40 ou maior que 35 com problemas associados, como hipertensão, colesterol alterado e diabetes (veja como calcular seu IMC clicando aqui).
Alguns médicos dizem também que operar cedo pode ajudar a prevenir o bullying nessa fase da vida, além de dar ao paciente a possibilidade de aproveitar momentos importantes da adolescência. Para que a técnica seja bem sucedida, é importante que a família do adolescente esteja totalmente sincronizada e consciente para ajudar na recuperação e mudança no estilo de vida do jovem.
Caso não haja esse apoio familiar, é possível que o adolescente volte para o peso que tinha antes da cirurgia. Em geral, isso acontece porque ele não se compromete com o tratamento e não segue o novo estilo de vida; segundo os médicos, 1 a cada 10 pacientes operados volta ao peso anterior no período de 10 anos.
É importante que os pais e parentes prestem atenção na alimentação dos filhos após a operação. Sorvete, leite condensado puro e alimentos batidos no liquidificados são “vilões” da dieta pós-bariátrica e podem fazer mal à saúde, além de serem extremamente calóricos.
Ao contrário do que se pensa, a alimentação pós-cirurgia não é pobre; o paciente come em poucas quantidades, seis vezes ao dia. O procedimento também diminui a proteína animal do organismo, o que torna ainda mais necessário repor essa quantidade e evitar doces, bolachas e também bebidas alcoólicas.
Além da redução de estômago, o SUS também passou a oferecer a cirurgia plástica reparadora do abdômen do paciente operado, para retirar as sobras de pele que ficam após a bariátrica.
Viva Mais Leve
Os filhos da Rosângela, participante da série, também passaram por uma transformação junto com a mãe. No começo do desafio, eles estavam muito próximos do grau mais elevado de obesidade e um dos filhos estava também com pressão alta e pré-diabetes, o que assustou a mãe.
O susto foi um estímulo para a família mudar a alimentação e adotar os exercícios físicos. As crianças começaram a praticar esportes três vezes por semana. Na volta ao médico, o resultado foi positivo: as medidas das crianças mudaram, a pressão baixou e o peso também diminuiu.
A Rosângela também intensificou os treinos na reta final do desafio. Com a ajuda do preparador físico Mauro Guiselini, ela se comprometeu a ir à academia três vezes por semana. Todos os dias, ela fará musculação. No primeiro dia, aula de jump e pilates; no segundo dia; aula de dança e luta; e no terceiro dia, transport e abdominais. No total, são seis horas e quarenta minutos de exercícios durante a semana para garantir a melhora na saúde.
Fonte: G1
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